sexta-feira, 16 de novembro de 2007

primeira vez

Primeira vez, num estado inerte tudo se processa em silencio na incerteza convexa de não saber onde ir, avança ou recua, olhar tremulo, retrai-se um musculo, passa se de cá para lá, quebra-se num estampido, estranho prazer, esvai -se um gemido, para, recomeça, suspiro profundo, corpo adormece antes do ultimo espasmo, fica só, entregue a si mesmo, como um vazio cheio de tudo.

2 comentários:

Tixa disse...

Profundo

Ana Rita disse...

muito mais que profundo...
muito real...
no entanto apenas captou a parte melancólica de uma primeira vez... como quase uma frustração...

faltou aí exploração ávida, desejo de conhecimento, o sentimento, a orgia de emoções, os movimentos torpes, a incerteza de como vai tudo acontecer...
porque isto também é parte essencial desse vazio...