segunda-feira, 28 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
abismo lúgrube
Não há nada como a pureza daquilo que sentimos, cada instante é uma metamorfose de desejos e ansiedades incontrolaveis que se desfiam em suspiros profundos fazendo -nos reçear que o chão que pisamos se desabe e aí entramos numa espiral de tristeza.
Mas acreditamos que de um raio de luz nos surja um anjo que nos estenda a mão e nos salve do abismo lúgrube...
quinta-feira, 17 de abril de 2008
anjos e demonios
O bem e o mal
O anjo e o demónio
Em beleza feminina
Se demonstram
Os corpos
Moles ou firmes
Rastejando ou esvoaçando
Num cenário próprio
A divindade
A luz divina
Acende a chama
Do amor, do carinho, da alegria
As trevas
Que escurecem as faces
Que aprisionam o ser
No seu ego mais diabólico...
Mais triste
O sacrificio...
...a pureza...
...o branco...
coberto de arco-íris
A luxúria
O dinheiro
A avareza
Fazem desta veste negra
Um manto de perdição
Um campo verde
Com flores de todas as cores
Com o riacho
De pedras flutuantes
Deixa-nos respirar
A caverna
Escura e húmida
Prende-nos o olhar...
Profundo no solo lamacento
Com vestes de miséria
Outrora
Estes dois caminhos
Eram um só
conduziam lado a lado
As almas peregrinas
Num tom brilhante
Que fazia lembrar o diamante
Por um único Deus deixado
E por fim
Em tonalidades diferentes
Se apontam...
As estrelas
Ou o sol
virgilio pinto
sábado, 12 de abril de 2008
cheiro do outro
Queria perder num espaço infinito, simplesmente perder me e não mais encontrar o caminho de volta, não quero estar aqui, doem as incertezas do que quero ser, hoje estou assim, não encontro aquele ou outro, apenas fico só neste espaço aberto, entregue ao silencio do instante em que me embriago com o perfume de alguém que não sinto...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
books and candles
segunda-feira, 7 de abril de 2008
A cidade é um chão de palavras pisadas
A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.
A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.
A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.
A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.
José Carlos Ary dos Santos
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